quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A volta dos que não foram + Hippie punk rajneesh

Sabe o que realmente me levou a voltar a escrever no blog? O show do Gogol Bordello no Tim Festival. Era um show que eu queria ver há tanto tempo, e eu tava tão empolgado que eu queria fazer uma resenha pra que todos pudessem ler sobre esse show também. E foi ótimo isso ter acontecido, porque hoje e amanhã eu vejo Reel Big Fish em Sampa e Curitiba e tbm vou querer resenhar. Sem contar o Planeta Terra. É, ainda vem muita coisa nova por aí...

E vamos à resenha do Gogol Bordello (que acabou sendo publicada no Zona Punk)


Gogol Bordello - Os verdadeiros hippies punks rajneeshs

24/10/2008 - Tim Festival Arena - Parque Do Ibirapuera - São Paulo/SP

[Atenção! Este texto é pessoal, intransferível, parcial, anti-ético e não contém elementos introduzidos em aulas de jornalismo.]

Assim como a maioria das boas histórias, esta também começa em um boteco. Mais precisamente no bar do Parque Ibirapuera que fica na frente da Arena montada pelo TIM Festival 2008 para "lavar a alma" depois do fiasco que foi a edição do ano passado (calma fãs xiitas, eu não estou falando do line-up, e sim dos atrasos).

A mesa deste bar foi o local escolhido por mim para ficar ouvindo do lado de fora as atrações de música eletrônica que tocavam antes do Gogol Bordello. Sim, eu não fiz a mínima questão de assistir Dan Deacon ao vivo, e só entrei pro show daqueles que minha mãe batizou de "Gipsy Kings do inferno".

A canção escolhida para abrir o show foi "Ultimate", primeira faixa do mais recente álbum do grupo, "Super Taranta" (2007), único CD do Gogol Bordello lançado no Brasil. Dali em diante, o que se viu foi um eclético espetáculo daquilo que os integrantes, e principalmente a imprensa, gostam de chamar de "gipsy punk". Durante pouco mais de uma hora de apresentação, o tresloucado vocalista ucraniano Eugene Hutz promoveu uma verdadeira celebração à música do Leste Europeu, com direito a acordeom, violino e dançarinas orientais que gritavam, cantavam e não paravam de pular. Vale citar também o figurino das moçoilas: blusinhas do Santos. Aquele mesmo, o Futebol Clube. Cantando com um sotaque "à lá Borat", Eugene Hutz também não pára um segundo em cima do palco. Empunhando o inseparável violão, ele corre de um lado pro outro, estoura cordas do instrumento e no melhor estilo "mendigo de rua", bebe um vinho direto da garrafa.

Quando Wander Wildner escreveu "Hippie punk rajneesh", ele jamais poderia imaginar que alguém se adequaria tão bem ao título desta música quanto o frontman do Gogol Bordello.
No repertório estavam todas aquelas canções que o público queria ouvir: "Wonderlust king", "American wedding", "Mala vida". E o hino do 'punk cigano', "Start wearing purple", que ganhou fama ao integrar a trilha-sonora do filme "Uma vida iluminada" (2005), onde o vocalista do grupo divide as cenas com Elijah Wood. A canção começou com uma pequena homenagem ao Brasil, com Eugene se arriscando no português para cantar trechos de "Ela não gosta de mim", do Agepê, e "Morena tropicana" do Alceu Valença.

Ao final da curta apresentação, que tem tudo para ser a melhor da edição 2008 do festival, a platéia bem que tentou pedir bis, mas infelizmente não foi atendida. Fui embora da arena ao som do bate-estaca "Destination Unknown" do Alex Gaudino e com um pensamento fixo na cabeça: "Quem foi o imbecil que enfiou o Gogol Bordello no meio de um monte de DJs?".




4 comentários:

Anônimo disse...

só uma correção, eu tenho quase certeza de que "hippie-punk-rajneesh" é do gerbase...

Lua Velloso disse...

Eu tenho de escutar Gogol Bordello e depois dizer minhas impressões.

Bem, se eu soubesse te adicionar até adicionaria nesse blog aqui, mas vou fazer isso no outro (www.tyrannicmoderator.blogspot) e indica-lo por lá pro povo.

Beijo, Luana.

Unknown disse...

Em breve te linko...

Mas tenta mudar o template, Romani, fundo escuro dificulta a leitura...

Continua atualizando, man!

Abraço!

Anônimo disse...

Ah, é mesmo. Deixar comentário. Quase me esqueci da parte mais importante!
Acho ótimo quando um show exece minhas espectativas. E eu me senti assim, não sei se foi pelo ambiente, pela cia, ou sei lá pq. Me senti como se estivesse em casa dançando um samba com a família.
Enfim, é um comentário lúdico e bebado, vai entender.
Lembrei disso enquanto esperava minha pizza hut.
Então, beleza, como sempre já não lembro o ponto inicial do comentário.
Te recomendarei ;)
Beijo!